domingo, 5 de dezembro de 2010

PLANEJAMENTO GENÉTICO - PARTE 3

Dando continuidade à 1ª Etapa do Planejamento Genético, vamos abordar a segunda vertente da Seleção das Matrizes de um Haras.
Trata-se do Planejamento Genético a partir de um Plantel de Matrizes já existente.
Na realidade, não sendo detectados problemas de ordem biológica, temos que analisar se as Matrizes tiveram a real possibilidade de mostrar o seu potencial genético, refletido em Produto ou Produtos que, eventualmente, tenham gerado.
Temos que verificar se seus Produtos foram planejados adequadamente, sob critérios adequados para um efetivo Planejamento Genético, que raramente é utilizado e quando é adotado, muitas vezes, não é de forma adequada.
Há que se analisar, detalhadamente, cada Matriz, tanto em seus aspectos genéticos, quanto físicos, e se foram servidas por Reprodutores selecionados que, de alguma forma, proporcionaram o indispensável "encaixe genético e físico" com o Genótipo e Fenótipo da Matriz, atividade fundamental do Planejamento Genético.
Analisar, também, eventuais resultados obtidos nas pistas de corrida por seus Produtos.
Analisar o comportamento da Matriz durante a Gestação e após o nascimento do Produto, durante o período de Amamentação.
Analisar o Fenótipo do Produto desde o seu nascimento e por todo o período de seu desenvolvimento até deixar o Haras, para verificar eventuais desvios e distorções de Aprumos.
O procedimento mais antigo e eficiente para se avaliar o comportamento da Matriz, é o chamado "Culling", que deve ser integrado ao "Index Program" que, em última análise, é a quantificação, por um Sistema de Pesos Ponderados de diversos aspectos definidos junto ao Criador do PSI, culminando com Notas que balizarão a consolidação do aproveitamento ou descarte da Matriz analisada.
O Criador deve ter sempre em mente que: "A QUANTIDADE é a inimiga nº 1 da QUALIDADE" e, assim sendo, deve se certificar junto a um Engenheiro Agrônomo, especialista em Haras de PSI, a real capacidade de lotação de seu Haras, para evitar a superlotação.
A consequência dessa atuação do Planejamento Genético será o de promover uma constante atualização de seu Plantel de Matrizes, descartando as Matrizes problemáticas e ingressando com novas Matrizes, objetivando elevar o padrão da qualidade genética e física de seu Plantel.
Não considero como decisiva a campanha de Éguas nas pistas de corrida, pois a história nos mostra um grande número de notáveis Matrizes, em âmbito da Criação internacional do PSI, que apresentaram modestas ou pífias campanhas, ou mesmo, que não chegaram sequer a correr.
Desta forma, esta Etapa do Planejamento Genético deve ser repetida sucessivamente, até que se tenha alcançado o patamar de qualidade desejada do Plantel de Matrizes.
A preocupação fundamental do Criador ao adquirir Matrizes, deve ser direcionada ao nível de classicismo da Produção de sua Família Materna e, desta forma, na continuidade do Planejamento Genético, incorporar Fêmeas estratégicas nascidas do Planejamento Genético que venha sendo realizado.
Trata-se de um processo dinâmico que deve ser realizado a cada Temporada de Monta e como resultado do Planejamento Genético que vai sendo realizado a cada Temporada.
Concluindo esta Etapa de fundamental importância do Planejamento Genético de um Haras de PSI, através das constantes avaliações do comportamento das Matrizes que integram seu Plantel, deve ser realizada por Pessoas especializadas que, efetivamente, possam obter os resultados desejados para o Haras que estiver praticando o Planejamento Genético nesta Etapa específica.

Continua......

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